CALVÁRIO E LAVAGEM DE DINHEIRO – PF investiga OS que provocou prejuízo de R$ 250 mil à PB



A esta altura do campeonato, ninguém em sã consciência desconhece o descalabro provocado pela terceirização da Saúde com organizações sociais na Paraíba, uma moda inventada pelo ex Ricardo Coutinho. Mas, quando se imaginava que as investigações já haviam descoberto toda a trama criminosa bancada com dinheiro público, eis que surgem novos fatos. E novas OSs.
Na manhã desta quarta (dia 13), por exemplo, surge a informação de que a Delegacia da Polícia Federal em Campina Grande instaurou inquérito para apurar possível lavagem de dinheiro e outros crimes cometidos pelos dirigentes da ABBC (Associação Brasileira de Beneficência Comunitária), contratada pelo governo Ricardo Coutinho para administrar a UPA de Princesa Isabel, desde 2014.
As investigações tiveram como base decisão do Tribunal de Contas do Estado, em processo de inspeção especial que apontou irregularidades na gestão da OS. Na decisão, o TCE constatou a realização de despesas não comprovadas, pagamentos indevidos e sonegação de documentos, irregularidades que causaram prejuízos aos cofres públicos do Estado na ordem de R$ 247.380,96 mil.
Terceirizadas – Conforme registrou o conselheiro Nominando Diniz, a PF designou o delegado Carlos André Gastão de Araújo, que expediu ofícios às juntas comerciais estaduais, solicitando os contratos sociais das empresas Dynatech Software Ltda, O.G Monteiro, ACP Saúde, Galloro & Associados Auditores Independentes, Advanced Contabilidade e Apoio Administrativo, Comissário & Duarte Consultoria, Assessoria e Gestão Empresarial Ltda, Jonhsiel Lins Rocha e Redmed Comércio Serviços e Locação, algumas apontadas nos autos como beneficiadas com pagamentos de serviços não comprovados.


Processo – Em fevereiro, o TCE, por unanimidade, já havia julgado irregular a gestão da ABBC no exercício de 2014, e imputou ao diretor Jerônimo Martins de Souza, a devolução de R$ 247.380,96. Na decisão do Corte de Contas também cientificou o ex-governador Ricardo Coutinho.
Também foram encaminhadas cópias do processo ao Ministério da Justiça, à Polícia Federal, ao Ministério Público e ao Conselho Federal da OAB, e à Procuradoria Geral do Município de Princesa Isabel.
HELDER MOURA


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